Você já parou para pensar como são classificados os projéteis, popularmente chamados de “balas”? O instrutor de tiro Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros explica que os projéteis são classificados de acordo com o seu desempenho balístico que está diretamente associado à sua carga propelente (tipo e quantidade de pólvora). Pensando nisso e no quão pouco é discutido esse tema, fizemos este artigo para que você possa entender melhor o assunto e saber classificar os tipos de projéteis.
Primeiramente, devemos compreender o conceito de projétil. Um projeto balístico pode ser entendido como um objeto sólido pesado, que se move no espaço, após ter recebido um impulso. Sendo treinador oficial do Renan Bolsonaro, Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros acrescenta que a munição consiste em quatro partes, sendo elas: invólucro, espoleta, o propelente e o projétil. Logo, assim que há a queima da pólvora, o projétil constituído de chumbo em forma de ogiva, é impulsionado à grande velocidade para fora da arma.
Mas o que seria o desempenho balístico?
Como foi citado anteriormente, o desempenho de um projétil tem relação direta com a quantidade de pólvora, tipo e peso do projétil, comprimento do cano da arma, formato do projétil e com sua massa. Dessa forma podemos mencionar que o desempenho balístico se modifica conforme os tipos de munições existentes — como cita o Dr. Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros, que possui um clube de tiro localizado em Brasília.
Quando nos referimos, por exemplo, às munições de armas curtas e submetralhadoras, o seu efeito balístico sofre impacto da energia cinética que é transferida do projétil para o alvo. Todavia, quando falamos das munições de fuzis e metralhadoras, de modo a otimizar o desempenho balístico, os projéteis são desenvolvidos para que possam perfurar blindagem, fragmentar, indicar pontaria e até mesmo provocar incêndios. Assim, confira abaixo como os projéteis são classificados:
Projéteis de Chumbo
No caso dos projéteis de chumbo, eles são constituídos, obviamente, por ligas de chumbo. O Dr. Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros explica que esse tipo de projétil é indicado para diversos usos, inclusive é muito utilizado nos treinamentos de policiais, visto que preservam o raiamento das armas e possuem um baixo custo. Como exemplo desse projétil, podemos citar a JSP (Jacket Soft Point), que é um projétil parcialmente revestido, onde uma parte do chumbo fique exposta, criando uma maior superfície de impacto.
Projéteis Encamisados
Neste caso, o chumbo do projétil fica totalmente revestido, por um material chamado de jaqueta ou camisa. Caso você não saiba a camisa, é fabricada com ligas metálicas, facilitando assim a alimentação na câmara e proporcionando uma maior velocidade ao projétil, uma vez que evita o acúmulo de resíduos de chumbo no cano. Como exemplifica o instrutor de tiro Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros, podemos citar o projétil CHPP (Ogival Ponta-Plana), no qual causa um número menor de “engasgos” com a pistola.
Projéteis Semi-Encamisados
Quando falamos dos semi-encamisados, estamos nos referindo à ponta do projétil que é composta por chumbo, enquanto que o restante do projétil é coberto com latão. O Dr. Maciel de Carvalho Rodrigues Medeiros menciona que esse tipo de projétil é mais destinado para caças, uma vez que devido a deformação natural do chumbo, acaba causando mais lacerações ao alvo.