Segundo a Dra. Maria Conceição da Hora Gonçalves Coelho, no Direito Civil, uma sucessão ocorre quando os bens e direitos de uma pessoa são transferidos para outra após o falecimento do titular. Essa transferência é regulada por normas jurídicas e tem como objetivo garantir a preservação do patrimônio e a continuidade das relações jurídicas estabelecidas pelo falecido.
Como a sucessão pode acontecer?
A sucessão pode ocorrer de duas maneiras: por testamento ou por sucessão legítima. No primeiro caso, o titular dos bens e direitos estabelece, por meio de um documento, a forma como sua herança deve ser distribuída. Já na sucessão legítima, as regras são determinadas pelo Código Civil Brasileiro, que estabelece uma ordem de prioridade entre os herdeiros.
Quem são os herdeiros?
A Dra. Maria Conceição da Hora Gonçalves Coelho explica que os herdeiros são as pessoas que têm direito à sucessão. Eles podem ser classificados em duas categorias: legítimos e testamentários. Os herdeiros legítimos são aqueles que têm direito à sucessão conforme as regras estabelecidas pelo Código Civil. Já os herdeiros testamentários são aqueles que são nomeados em um testamento pelo titular dos bens e direitos.
Em caso de não haver testamento
Caso o falecido não tenha deixado um testamento, a Dra. Maria Conceição da Hora Gonçalves Coelho explica que a sucessão será regida pelas regras da sucessão legítima. Nesse caso, a ordem de prioridade é a seguinte: descendentes (filhos, netos, bisnetos etc.), ascendentes (pais, avós etc.), cônjuge ou companheiro e colaterais (irmãos, sobrinhos etc.). Caso não haja herdeiros nessas categorias, os bens serão destinados ao Estado.
Limitações de um testamento
No entanto, mesmo que o falecido tenha deixado um testamento, há limitações para a disposição dos bens. O Código Civil estabelece que metade da herança deve ser destinada aos herdeiros necessários, ou seja, aqueles que têm direito à sucessão independentemente da vontade do titular dos bens e direitos. São considerados herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge ou companheiro.
Além disso, a lei estabelece que alguns bens são considerados inalienáveis e impenhoráveis, como é o caso da moradia da família, que não pode ser vendida sem o consentimento de todos os herdeiros necessários.
O processo de sucessão
Por fim, de acordo com a Dra. Maria Conceição da Hora Gonçalves Coelho, a sucessão pode ser um processo complexo e burocrático, por isso é importante contar com o auxílio de um advogado especializado em Direito Sucessório. Ele pode ajudar a esclarecer as dúvidas e orientar sobre os procedimentos necessários para a transferência dos bens e direitos.
Em resumo, a sucessão é um processo que tem como objetivo garantir a transferência dos bens e direitos do falecido para seus herdeiros. Ela pode ocorrer por meio de um testamento ou pela sucessão legítima, e há regras específicas para a disposição dos bens. Por isso, é importante contar com o auxílio de um profissional especializado para garantir que tudo seja feito de acordo com as normas jurídicas e evitar conflitos entre os herdeiros.